Depositário De Ideias

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Localização: Portugal

sábado, janeiro 27, 2007

DOIS ANOS!!!!


É mesmo! 2 aninhos já cá moram neste espaço virtual chamado "Depositário De Ideias"!! Aos 27 de Janeiro de 2005, motivado por sufocos vários, pelos quais passava na altura, resolvi depositar parte da minha vida neste espaço blogueiro. Sinceramente nunca pensei conseguir prolonga-lo e até torná-lo necessário à minha vida. Pois assim foi, pois assim o é. Hoje em dia não prescindo dele, não que necessite de escrever nele todos os dias, não necessito, mas sei que ele está aqui, à minha espera pacientemente para receber o caldo de letras que entretanto cozinhei para o expôr a todos vós, sem falsa pretensão, porque o que aqui escrevo sabe-me bem fazê-lo, mas é de publico acesso e gosto que me visitem aqui. É o meu depósito de alegrias, choros, raivas, dores, satisfações, medos, irritações, espantos, vivências, amores...desamores, felicidades, complicações, amuos, felicidades...etc...

Espero continuar a desejar escrever. Obrigado por aparecerem por cá. Obrigado por deixarem os vossos comentários, e aos que nada deixam, agradeço na mesma por me lerem, por se darem ao trabalho de me conhecerem um pouco melhor. Obrigado. Beijos e Abraços! Dois anos!...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

E porque a vida são dois dias...

...e eu não tenho bem a certeza mas já devo ter gasto um deles, resolvi dar um passo a favor do que sempre quis ter e nunca o fiz! Hoje mesmo adicionei ao meu corpo este pedaço de metal com duas bolinhas de seu nome piercing. Gosto muito (momento de vaidade assumida!).


Sim, esse sou eu...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Fruto de um grande AMOR AMIZADE

Na vontade de escrever, sem saber o que escrever, mas na grande vontade e necessidade como se fosse chamado à responsabilidade de escrever aqui hoje, começo a escrever sem saber o quê, do quê e para quê. A verdade é que pensando bem teria tanto, tanto mas tanto para escrever que não caberia aqui o que me vai na alma. Seriam lamentos e alegrias, seriam novidades e segredos bem guardados, seriam sentimentos e ardores, seriam sorrisos e gritos (mudos também).
Olho para a minha direita. Vejo a razão do post de hoje! (vou tirar-lhe uma foto para colocar mais abaixo!). Clic! Já está! continuemos. Já queria falar desta minha prenda de natal/aniversário. É muito especial, como as outras evidentemente, mas esta tem uma história longa que não vos posso contar porque a maior parte da história está no futuro! Sim no futuro, porque quase que marca o começo de algo muito bonito que cresce todos os dias, que se chama AMIZADE. Este Bonsai foi-me oferecido para ser criado como um filho. Eu que sempre disse: não me ofereçam plantas nem gatinhos (amo gatos), não me ofereçam nada que seja um ser vivo porque eu tenho medo, pavor! de pura e simplesmente ocasionar uma triste existência a esse ser vivo, não por não gostar, mas por causa da minha vida profissional que provoca muitas ausências de casa. Esta prenda recebi-a, juntamente com uma sms que completaria o porquê da oferta. Li-a e esqueci todos os avisos dados...era evidente que só faria sentido "abraçar" este Bonsai como se fosse de facto um filho, que simboliza uma amizade começada há alguns meses e que, tal como um filho, cresce todos os dias, merece toda a atenção e carinho, é alimentada com o melhor que podemos dar, e o melhor alimento é mesmo AMOR. Aliás, assim que acabar este post vou dar-lhe águinha! Está na altura! E depois deixa-la pronta a receber luz indirecta amanhã. Apresento-vos pois, a nossa filha, fruto de um grande AMOR AMIZADE, que queremos e desejamos, cresca saudável, forte, bonito e que seja feliz para todo o sempre. A mãe... ela sabe o que penso dela. Não caberia mesmo aqui. Um beijo.
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Ei-la, a nossa menina! :-)


Beijos e abraços a todos!





domingo, janeiro 14, 2007

O limbo.

Nem sei como reagir
Estar, sentir, prosseguir
Se para Norte se para Sul mas:
Tenho um abismo que me separa de ti
Tenho um chão de brasas se me afasto de ti
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Estou no limbo...
Mas preparem os unguentos, as ligaduras
Porque não tenho asas.
Não me deste asas...

sábado, janeiro 13, 2007

O lado magoado.

Eu tenho sempre um lado que se magoa, ainda te disse hoje. Esse lado é assustadoramente comprimido e escondido pelo lado que quer sobressair e mostrar-se atento, compreênsível e quase serviçal... Mas disse-te que sim, que me magoei, que mais uma vez senti na carne a dor que escondo com a pseudo-naturalidade de quem percebe sempre tudo, de quem está sempre pronto a contornar-se contorcendo-se interiormente. Sim, porque seriam necessários segundos, uma frase simples, de poucas letras, para que aquilo que agora sinto, e que tu sentes em mim, não acontecesse sequer. Tenho sono, são 3h12m da manhã. O lado magoado não consegue dormir... está como que estupefacto de como ainda consegue ser surpreendido. O lado magoado está também triste, porque não consegue deixar de o sentir por ela. O lado magoado precisa de afecto, de amor, de atenção, porque dá-se demais, muito mesmo. Tu sabes. O lado magoado está a cansar-se...

terça-feira, janeiro 09, 2007

Triste desfecho...

tortuosas as estradas
triturados os espelhos
transpostos os limites
transpirados os poros
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traficadas as ideias
triviais os olhares
tântrico o óbvio
triste o desfecho...

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Bom dia!... boa tarde!...

No regresso a casa vindo do hospital, no carro com a minha mãe e tia, oiço uma frase que uso para aqui reflectir. A minha tia, que mora no centro do país, acima de Coimbra, vinha dizendo que não se habituava à cidade, às estradas inundadas de carros e que o que mais lhe fazia impressão era que "viviamos tantos e tão juntos e no entanto ninguém conhecia ninguém!". Triste verdade. Na aldeia onde a minha mãe nasceu e cresceu, assim como a minha tia e restantes tias e tios, toda a gente se fala. Temos a ideia que as aldeias são assim, de casas juntinhas, mas não. Realmente nas cidades e grandes vilas é que vivemos, literalmente, uns em cima dos outros e com casas que partilham escadarias e acessos comuns, e no entanto...nem bom dia nem boa tarde (numa grande e significativa parte dos casos!). Ainda hoje quando lá vou, "à terra", sou atingido por bons dias e boas tarde por toda a gente, mesmo aqueles que acho que nunca vi. As pessoas entregam-se mais à conversa, à partilha do estado do tempo e na ajuda a encontrar os caminhos que não se conhecem. Outra coisa engraçada é quando perguntam quem somos. Tratam logo de arranjar a ligação que nos une por laços familiares, mesmo que eu seja primo da tia do marido da sogra do filho da nora do irmão da pessoa (será que fiz sentido??).
Nas cidades, o medo prevalece. O medo que criar laços, de se intrometerem na nossa vida, os olhares, os comentários, os boatos, etc, etc. Tretas!... Tretas que nós os urbanos criamos e abusamos. A realidade é que podiamos usar esta vivência e proximidade a nosso favor, mas no entanto tornamo-nos em guerreiros prontos a tudo para defendermos a nossa privacidade. Uma das armas é mesmo essa: não falar, não sorrir, não oferecer a gentileza de comunicar por cordialidade. Já dentro do carro, a caminho dos respectivos trabalhos somos experts a comunicar com expressões faciais acompanhadas de dentes cerrados e palavreados que nada honram as mães de todos nós, bem como graciosas apitadelas tocadas a preceito!
Quem sabe, um dia, a pena para a má convivência social seja um mesito numa aldeia, onde os "ares", as pessoas, as cores e os aromas nos reponham na forma correcta de viver neste planeta que tanto nos aplicamos a destruir...
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O meu pai lá está, a melhorar. Custa muito vê-lo lá, mas esta dor é uma dor necessária, para que continue por muitos mais anos, espero, a chatear-me a cabeça! :-)
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Beijos e abraços a todos. Obrigado pelo apoio que tenho recebido, que sabe bem, e que é todinho canalizado no apoio que eu também lhe dou. Eu sou só a passagem, temporária, desse apoio, que recebo, potencio e entrego. Obrigado.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Pai

Pois é pai...amanhã é o tal dia que sentirei como o mais longo de todos, onde os segundos serão horas inchadas, que nos farão desesperar por saber que tudo correu bem...Sim, porque tudo correrá bem, apesar dos medos que nos violam a mente e trespassam os horrores e terrores que vemos todos os dias em toda a parte, para nós... É amanhã que vou ouvir os bips, que te vou ver como detesto ver, mas que agora anseio ver, para que seja o primeiro dia do resto da tua vida que espero ser longa, mas muito longa mesmo.
Pois é pai, hoje lá te deixei, friamente, como te deixasse em casa ou noutro lugar banal, como se nada fosse, na certeza que está e estará tudo bem... Mas a realidade interior é semelhante a uma batalha enorme, onde luto ferozmente contra os acasos e os casos que correm mal, e me resguardo atrás da boa ciência, das pessoas especializadas e competentes. É pena a minha/nossa vontade não contar para o caso...Seria o pedacinho que me deixaria descansado e confiante de que amanhã seria apenas o dia em que ficas melhor, para sempre.
Desci o elevador, 04, 03, 02, 01...saí, em direcção ao carro onde me esperava uma multa. Noutro dia ficaria aborrecido, hoje nem lancei um murmúrio porque não tem qualquer importância. Nenhum importância mesmo...o que é uma multa perante o pensamento repleto das pessoas que amo? nada... O meu pai chateia-se muito comigo, porque muita coisa desnecessária (acho eu!), e hoje só quero ter a certeza que me irá chatear muito mais...
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Vou guardar a multa e mostrar-lha, pois sei que ele se chateará muito por eu ter estacionado o carro mal e ter sido multado, quando fui levá-lo ao hospital. E vou adorar chatear-me com ele...
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Amo-te pai!

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Ano novo, vida nova!

prometo!...
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Tomei a decisão mais dolorosa de todas.
Decidi-a com o chegar da manhã deste novo ano de 2007.
Sofri-a como jamais sofri com uma auto-imposição.
Chorei como nunca chorei por alguém. Alguém que parte e nunca mais voltará...
Felizmente não partiste, estás ao meu alcance...apenas abri os dedos e deixei escorrer o AMOR que teimava vedar com força, com desejo de o domar... Ainda demorará que todo ele se escape das minhas mãos opressivas, comandadas pelo meu coração ditador. Mas... a liberdade foi hoje decretada, o AMOR é livre, escapa-se, e deixará todo o espaço livre para uma AMIZADE eterna que quero construir dia após dia, tijolo a tijolo, sorriso a sorriso, abraço a abraço, beijo a beijo.
Obrigado por me teres mudado.
Amo-te... escrevo-o pela última vez....