Depositário De Ideias

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sábado, outubro 13, 2007

Essência de ti

no reflexo
de uma gota
que se escapa
de ti
cabe o
somatório
de todas
as imagens

essa gota
que expeles,
dor liquida
que expurgas,
espelha
tudo o que,
jamais,
mereceste

acolho-a,
essência
do que
tu és,
e bebo-a
para sentir
o que
sentes

Paulo Marques 13out2007

...

Ao escrever o teu nome no ar, só com o olhos, percebi que até no ar tu existias para mim. Estranho. É estranho termos o poder que vermos e sentirmos o que amamos onde quer que seja. O desejo tem forças que a realidade desconhece. E ao escrever o teu nome imaginei-o em fumo. Lembram-se nos filmes quando um avião passa e desenha um coração de fumo no ar?...era assim o teu nome. Apenas uma diferença. Actualmente o fumo não persiste e o teu nome desvanece no ar...é a parte que já não domino, a durabilidade do teu nome, desenhado pelos meus olhos, consistente de fumo, no ar. Acaba por ser um bom sinal. Há qualquer coisa de bom nisto, que me acalma. Pode ser a ideia do fumo que se esvai no infinito do ar, calmamente, sem qualquer pressa. Desaparece aos pouquinhos. Não é abrupto. Natural. Determinante. Fim. Um fim que foi antecipado várias vezes pela mentira natural de quem ama. E eu amo-te. Mas concentro-me no fumo que se esvai, devagar. Penso também que seria tão bom que o nome que tu também desenhas no ar permanecesse e fizesse parte de ti. Isto porque te quero bem, e porque a tua felicidade interessa-me. Far-me-á sinceramente bem. Liberta-te. Um beijo.

terça-feira, outubro 09, 2007

Perceber a dor

no entanto
quando entendo,
em quantidades
dilacerante de dor,
as veias que
a tranportam,
a dor,
atenuam o vigor
a pressão rende-se
e o espartilho
sai de mim
e liberta-me

a dor
continua
flutua
paira

mas,
quando a percebo,
dou-lhe um motivo
chamo-lhe um nome
trato-a por tu
aparentemente,
mas só isso,
aparentemente,
domino-a
a dor

Paulo Marques 09out2007

terça-feira, outubro 02, 2007

CARTA ABERTA...

...a ti que tiveste o fácil e empenhado fervor de destruir o livre arbítrio.

Rasgado e esboçado o sorriso
que mentalmente desenho
no escuro do meu pensamento
valente e esforçado empenho
que me chegou frio, sem aviso
ao coração agora cinzento, estanho.

Rompem os dias carregados
que perfuram a noite ferozmente
porque a noite perdura em mim
e continuará, sangrando a mente
sem contar os dias passados
que vivi sem o teu sim.

Paulo Marques, 2out2007

segunda-feira, outubro 01, 2007

Estão todos convidados, apareçam!

Não costumo misturar trabalho com o meu blog, mas pronto, há excepções que fogem à regra!
Estão todos convidados a estarem presentes dia 04 de Outubro. Eu estarei lá!