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Localização: Portugal

sábado, outubro 13, 2007

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Ao escrever o teu nome no ar, só com o olhos, percebi que até no ar tu existias para mim. Estranho. É estranho termos o poder que vermos e sentirmos o que amamos onde quer que seja. O desejo tem forças que a realidade desconhece. E ao escrever o teu nome imaginei-o em fumo. Lembram-se nos filmes quando um avião passa e desenha um coração de fumo no ar?...era assim o teu nome. Apenas uma diferença. Actualmente o fumo não persiste e o teu nome desvanece no ar...é a parte que já não domino, a durabilidade do teu nome, desenhado pelos meus olhos, consistente de fumo, no ar. Acaba por ser um bom sinal. Há qualquer coisa de bom nisto, que me acalma. Pode ser a ideia do fumo que se esvai no infinito do ar, calmamente, sem qualquer pressa. Desaparece aos pouquinhos. Não é abrupto. Natural. Determinante. Fim. Um fim que foi antecipado várias vezes pela mentira natural de quem ama. E eu amo-te. Mas concentro-me no fumo que se esvai, devagar. Penso também que seria tão bom que o nome que tu também desenhas no ar permanecesse e fizesse parte de ti. Isto porque te quero bem, e porque a tua felicidade interessa-me. Far-me-á sinceramente bem. Liberta-te. Um beijo.