Sinto
Eu sei, sinto
Sinto que a dor nasce
Aumenta e entranha-se
Dilacera-nos
Num negro que cresce
Por nós a dentro
Seca-nos as veias
Oprime-nos os órgãos
Cria-nos vácuo
.
Eu sei, sinto
Que esse vazio
De nada crescente
Semeia mágoas
Suga-nos o amor
Realça-nos o medo
Semeia-nos feridas
Que nos infectam
A alma por inteiro
Sinto que a dor nasce
Aumenta e entranha-se
Dilacera-nos
Num negro que cresce
Por nós a dentro
Seca-nos as veias
Oprime-nos os órgãos
Cria-nos vácuo
.
Eu sei, sinto
Que esse vazio
De nada crescente
Semeia mágoas
Suga-nos o amor
Realça-nos o medo
Semeia-nos feridas
Que nos infectam
A alma por inteiro
.
Paulo Marques, 10mar07
.
(Para que conste: o poema acima escrito não reflecte o meu estado de alma actual. ok? E ainda bem. Bjs e abraços a todos.)
1 Comments:
Mais um cinco estrelas!
Fico feliz de saber que o negro se foi. =)
No entanto é curioso. A poesia positiva, facilmente cai no campo da lamechice. Porque teremos esta atracção intrinseca pela desgraça?
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