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terça-feira, fevereiro 22, 2005

Deitar para trás das costas e avançar.

Se há capacidade que eu gostaria de ter era essa que escrevi acima. Ter o poder de controlar as emoções, desviar caminho aos pensamentos que me abatem, trocar as voltas à tristeza. Mas se calhar não me calhou o gene que tem a capacidade de despoletar essa astúcia, e tenho de viver com o "caldeirão" que sinto dentro de mim, sempre a ferver e a ser enchido dessas emoções. Nesse recipiente apura-se o gosto da infelicidade, sempre quente e a borbulhar de mágoa.
Mas tenho esperança. A lenha irá faltar.
:-)

1 Comments:

Blogger Luísa said...

Já disse tudo o que tinha a dizer sobre esse assunto.
Deixo-te aqui um poema

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Camões

7:03 da tarde  

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